Mini FIV
A Mini FIV é uma variação da fertilização in vitro na qual uma quantidade reduzida de hormônios é utilizada para estimular os ovários e, por consequência, uma quantidade reduzida de óvulos é produzida, coletada e fertilizada com o gameta masculino. Ela se diferencia da FIV tradicional essencialmente por utilizar menos hormônio durante o procedimento de estimulação dos ovários, o que matura uma menor quantidade de óvulos e também reduz consideravelmente o risco de desenvolver a Síndrome da Hiperestimulação dos Ovários.
Por maturar uma menor quantidade de óvulos, a mini FIV pode aparentar ser menos efetiva. Mas isso é apenas uma concepção equivocada, já que diversos estudos comprovam que, em alguns casos, a qualidade dos gametas produzidos sob uma menor influência de medicamentos pode ser até mais alta. Além disso, como são usados menos remédios, o custo deste tratamento é menor do que o de uma FIV tradicional.
As etapas da mini fertilização in vitro são as mesmas da FIV tradicional:
1 – Indução da Ovulação
2 – Coleta dos Óvulos e Espermatozoides
3 – Fertilização in vitro e desenvolvimento dos embriões
4 – Implantação dos embriões
Conheça os detalhes de cada etapa deste tratamento:
1. Indução da ovulação: os ovários são estimulados através do uso de medicamentos hormonais que promovem o crescimento e maturação dos óvulos. Este estímulo à ovulação dura de 9 a 12 dias e o crescimento dos óvulos é monitorado por exames de ultrassom transvaginal.
2. Coleta dos óvulos: durante o ultrassom transvaginal, é realizada uma punção dos ovários para retirada dos óvulos. Para que a paciente não sinta dor, ela é sedada e os folículos são aspirados com uma pequena agulha direto a um tubo de ensaio, onde os melhores óvulos serão selecionados para serem posteriormente inseminados pelo sêmen do parceiro.
3. Coleta dos espermatozoides: no mesmo dia em que é feita a coleta dos óvulos, também é feita a coleta dos espermatozoides do parceiro para realizar fertilização. O procedimento para a coleta é a masturbação, exceto para os casos de azoospermia, em que os homens devem ser submetidos aos procedimentos para obtenção de espermatozoides (clique aqui para saber mais).
4. Fertilização in vitro:
Fertilização in vitro convencional: é o procedimento em que os melhores espermatozoides e os melhores óvulos são selecionados por um embriologista e, na sequência, são colocados em um mesmo meio de cultura, para que o espermatozoide penetre no interior do óvulo de forma espontânea.
Fertilização in vitro – ICSI: a sofisticação da técnica de fertilização in vitro convencional é chamada de ICSI. Neste processo o espermatozoide é injetado dentro do óvulo através de micromanipuladores acoplados aos microscópios (saiba mais).
5. Estágios de Desenvolvimento de Embriões
Confira os estágios de desenvolvimento de um embrião:
A: óvulo antes de ser fecundando pelo espermatozoide;
B: óvulo que acabou de ser fertilizado;
C: início do desenvolvimento do embrião;
D: embrião 24 horas após a fertilização (estágio de 2 células);
E e F: embrião 48 horas após a fertilização (estágio de 4 células);
G: embrião 72 horas após a fertilização (estágio de 8 células);
H: embrião já compactado, no estado chamado de mórula;
I: embrião no 5º dia de desenvolvimento (blastócisto).
6. Transferência dos embriões: realizada entre 3 e 5 dias após a fertilização, o procedimento consiste em transferir os embriões do meio de cultura para o útero da paciente. Este procedimento é feito através de um exame ginecológico rápido e indolor.
7. Teste de gravidez: 11 dias após a implantação dos embriões, é feito um teste de gravidez β-HCG quantitativo. Se der positivo, aguardaremos mais 3 dias para fazer um novo exame com a finalidade de refutar qualquer possibilidade de falso positivo e também para acompanhar os primeiros estágios da gravidez. Será feito um exame de ultrassom para visualizar o saco gestacional.
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Nota: por se tratar de fatores biológicos, físicos e individuais de cada paciente, a realização do tratamento não é garantia de gravidez.